Traduzindo para o popular: a povo que foi às ruas reclamar do transporte público poderia ter um metrô mais confortável, menos lotado e com mais estações com o mesmo dinheiro público que foi superfaturado no governo tucano.
A empresa alemã denunciou dentro do conceito de "delação premiada", colaborando com as investigações para escapar de uma punição maior.
Além da Siemens, o esquema envolveria ainda outras multinacionais, como a Alstom (já investigada por pagar propinas a tucanos paulistas), a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui
De acordo com as denúncias, o cartel dos fabricantes de equipamentos atuou em seis licitações e o prejuízo total para o governo paulista ainda não foi totalmente estimado. Segundo a investigação do Cade, o conluio envolveria ainda as empresas TTrans, Tejofran, MGE, TCBR Tecnologia, Temoinsa, Iesa e Serveng-Civilsan. Destas, a Tejofran é fortemente ligada ao PSDB e cresceu exponencialmente nos governos de Mario Covas.
Paciência do povo com a corrupção no governo Alckmin está chegando ao fim
Pego em mais essa saia justa, o governador tucano disse que vai "conduzir uma investigação própria". Investigação própria uma ova. O caso é para uma mega-operação da Polícia Federal e para o Ministério Público tirar o traseiro dos gabinetes refrigerados e parar de blindar tucanos, afinal a derrubada da PEC 37 serviu para quê?
Essa investigação do CADE já é desdobramento de denúncias de fevereiro de 2011, conforme o vídeo abaixo.
Cadê a "investigação própria" do Alckmin de 2011?
A resposta é uma enorme operação abafa para acabar em pizza. O governo Alckmin usou seu rolo compressor na Assembléia Legislativa para impedir uma CPI pedida pela oposição.
Agora que o povo foi às ruas reclamando do transporte urbano, a CPI da corrupção no Metrô e CPTM tem que ser desengavetada na Assembléia Legislativa, convocando o governador para explicar qual foi o resultado da "investigação própria" desde o escândalo da Alstom, muito parecido com este, estourado há 5 anos atrás.
No TCE-SP, raposas tomam conta do galinheiro
No escândalo Alstom, contas bancárias na Suíça atribuídas como sendo do ex-deputado tucano Robson Marinho foram bloqueadas. Até hoje Robson Marinho continua como conselheiro e vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, órgão responsável por fiscalizar e aprovar as contas do governador, inclusive no metrô.
Isso já é escárnio. Não se pede linchamento, nem condenação sem direito à defesa. Mas nada justifica ele permanecer num cargo destes, enquanto responde à denúncias que são totalmente incompatíveis com o exercício do cargo.
(Com informações do Brasil247).
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