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Encol | |
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Tipo | Pública |
Indústria | Construção civil |
Fundação | 1961 |
Encerramento | 1999 |
Proprietário(s) | Pedro Paulo de Souza |
Foi fundada em 1961 pelo engenheiro Pedro Paulo de Souza, na cidade de Goiânia. Entrou num processo de decadência em meados da década de 1990 após a problemas administrativos ocasionados principalmente por gestão temerária da Diretoria, condenada em CPI, do Banco do Brasil. Levada por uma crise de inadimplência, após a inabilidade gerencial de seu fundador, bem como por diversos desvios ilegais de dinheiro ("caixa 2"), após a intervenção do Banco do Brasil, a empresa não conseguiu cumprir suas obrigações e veio à falência em 1999, deixando vários edifícios inacabados no país.
Trata-se de um dos maiores golpes contra a economia popular dado no Brasil. A empresa deixou mais de 40 mil mutuários sem receber os seus imóveis, apesar de muitos deles terem pago antecipadamente pelo empreendimento. As dívidas da Encol passavam de dois bilhões de reais.[1]
O Caso Encol[editar | editar código-fonte]
Em 1994, o Ministério Público do Brasil abriu um inquérito contra a Encol para investigar indícios de sonegação de impostos e emissão de notas fiscais falsas.
Em 1997, vieram à tona os diversos ilícitos praticados pela empresa, como uso de "Caixa 2", lavagem de dinheiro em contas situadas em paraísos fiscais, alienação irregular de bens da empresa para membros da família do proprietário, vendas de unidades imobiliárias em número superior ao que seria construído, sonegação de impostos e estelionato[2] . Neste ano, um consórcio de trinta e oito bancos tentou encontrar uma alternativa para os credores da Encol, mas não obteve sucesso e no fim do ano, a Encol entrou com um pedido de concordata deixando centenas de prédios inacabados e milhares de pessoas sem realizar o sonho da casa própria.[3] [4]
Em 1999, um grupo de advogados que representavam o proprietário da Encol, Pedro Paulo de Souza, denunciaram que este subornou juiz para que fosse facilitado o pedido de concordata do grupo[5] .
Em 2003, o Ministério Público denunciou Pedro Paulo de Souza, proprietário da Encol, por fraude em razão da venda de apartamentos hipotecados que não pertenciam à empresa[3] .
Em 2013, foi leiloado terreno situado em estacionamento de shopping center em Brasília (DF) para amortizar a dívida da massa falida da Encol com os mais de 40 mil compradores que não receberam seus imóveis. Na ocasião, arrecadou-se mais de 28 milhões de reais, porém, estima-se que a dívida da construtora, em 2013, seja superior a 1,4 bilhão de reais[6] .
O relatório final da massa falida indica que a falência decretada em 1999 prejudicou 23 mil funcionários e 42 mil clientes e que, em 2013, a dívida remanescente da massa falida é superior a 1 bilhão de reais. Com as vendas de imóveis feitas durante a recuperação judicial foram recuperados 304,2 milhões de reais[7] .
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