sábado, 19 de março de 2016

Escândalo das licitações no transporte público em São Paulo

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(Redirecionado de Caso Siemens)

Escândalo das licitações no transporte público em São Paulo, também conhecido como trensalão tucano ou simplesmente trensalão,[1] é um esquema de corrupção ocorrido no Estado de São Paulo que culminou na formação de um cartel entre corporações transnacionais para fraudar licitações doMetrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.[2] [3] [4] [5] Cinco contratos supostamente fraudulentos foram assinados entre 1998 e 2008, enquanto os governadores de São Paulo Mário CovasGeraldo Alckmin e José Serra ocupavam cargo durante o período[6] [7]
As denúncias dariam conta de que o cartel - formado ao menos pelas transnacionais alemã Siemensfrancesa Alstomcanadense BombardierespanholaCAF e japonesa Mitsui - teria atuado em pelo menos seis licitações desde 1998, a partir das licitações para a construção da primeira parte da Linha 5-Lilás e da extensão da Linha 2-Verde.[2] [5] [8]
Investigado pela Polícia Federal do Brasil e o Cade,[9] o escândalo foi revelado após delação da Siemens[8] . Segundo a empresa alemã, corporações internacionais combinavam previamente os preços de vencedores e perdedores das licitações para a aquisição de equipamentos e serviços ferroviários emSão Paulo, e assim faturar acima do preço correto.[5] [10] Há também a denúncia de que os empresários também corromperam políticos e autoridades ligadas ao PSDB (que tem governado o Estado de São Paulo desde 1995) e servidores públicos de alto escalão.[4] [11]

Reforma de trens[editar | editar código-fonte]

Em dezembro de 2013, o Ministério Público de São Paulo pediu suspensão de dez contratos para a reforma de 98 trens usados nas linhas 1-Azul e 3-Vermelha, sob alegação de que a reforma saiu mais cara do que a compra de trens novos.[12] No mês seguinte, o Metrô anunciou a suspensão desses contratos por 90 dias.[13] Em maio de 2015, seis representantes das empresas Alstom, Temoinsa, Tejofran e MPE, contratadas para a reforma desses trens, foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo, além da prisão preventiva de César Ponce de Leon, que foi diretor da Alstom.[14] [15]

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