sexta-feira, 18 de março de 2016

Banco Santos

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História do Banco Santos - Em resumo: Da Criação à Falência[editar | editar código-fonte]

Início[editar | editar código-fonte]

A Corretora de Valores Santos foi fundada em 1969; em 1989 ela se transforma no Banco Santos, marcado por um crescimento exponencial, forte suporte tecnológico, marketing dinâmico e por um triste fecho, ocorrido em 2004.

Crescimento; ações sociais[editar | editar código-fonte]

Apenas seis anos depois de seu início, em 1995, seu lucro já atinge US$8,16 milhões, com o patrimônio chegando à US$ 37 milhões, e entrando na categoria de banco de médio porte. Em 1997 o Banco atinge R$ 5 bilhão de ativos e consegue lucro de R$20,19 milhões, com rentabilidade de 19%. Em 1998 a PriceWaterhouse emite seu parecer sem nenhuma ressalva. Muito ativo na área social, seu Balanço Social mostra investimento de R$2,7 milhões com patrocínios de eventos no Teatro Municipal de São Paulo, Fundação Bienal de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Fundação Padre Anchieta, Exposição Brasil 500 anos, patrocínio da pesquisa na França para levantar acervos de documentos relativos ao Brasil colonial naquele país, "Centre for Brazilian Studies da Universidade de Oxford", para Bolsas de estudo de pós-doutorado em finanças e economia; Exposição de Pintura Emergente na América Latina, Coral do Mosteiro de São Bento de Olinda etc.

Oitavo maior banco nacional privado em 2001[editar | editar código-fonte]

Em 2001 o Banco Santos atinge ativos de R$ 5,8 bilhões e um patrimônio de R$ 317 milhões; na moeda americana, lucro de US$ 26 milhões, ativos de US$ 2,5 bilhões e patrimônio de US$ 137 milhões, porte de banco médio nos Estados Unidos. No Brasil, pelo Banco Central, fica em 25ª posição, já o oitavo maior banco privado nacional, logo depois do Bradesco, Itaú, Unibanco, Safra, Votorantim, Mercantil de SP e Pactual.

Alienação da E-Financial - Relatórios dos auditores internacionais sem ressalvas[editar | editar código-fonte]

O Relatório dos Auditores Independentes Ernst & Young de 31 de janeiro de 2002 diz que em junho de 2001 o Banco alienou a totalidade das quotas que possuía da E-Financial –Tecnologia e Serviços Ltda. para seu controlador Procid Participações e Negócios S.A., pelo valor de R$51milhões. O valor da transação foi determinado com base em dois laudos de avaliação efetuados por empresas independentes. Essa transação gerou um lucro registrado em "Resultado não Operacional" de R$ 50.012 mil. Os auditores independentes Ernst & Young examinaram o balanço patrimonial consolidado do Banco Santos S.A. e empresas controladas, emitindo um parecer sem ressalvas.

Mudança para nova sede; prestígio e admiração; novos pareceres dos auditores sem ressalvas[editar | editar código-fonte]

Durante o início, O Banco estava na Avenida Paulista, mas em 2002 mudou-se para um grande edifício na marginal do Rio Pinheiros, um prédio de oito andares, finamente decorado com obras de arte. As novas instalações permitiram uma grande expansão dos negócios do Banco, com a contratação de dezenas de especialistas, recrutados entre os melhores do mercado financeiro e de capitais. No andar térreo do Prédio, uma grande área para exposições, visitadas por empresários, membros do Governo e Estudantes. O Banco ganhava prestígio e admiração no mercado financeiro. Em 3 de fevereiro de 2004, nove meses antes da intervenção no Banco, Ernst & Young Auditores Independentes publica o seu parecer sem ressalvas.

Pesquisa independente acusa bom desempenho[editar | editar código-fonte]

Uma pesquisa realizada por Carlos Daniel Coradi, da Engenheiros Financeiros & Consultores (EFC), conclui em 2004 que o Banco Santos é um banco acima da média. Um estudo com 40 bancos (que em certas comparações se reduziram a 32), concluiu que, no período de 2002 e 2003, os ativos do Banco Santos aumentaram 13,5%, enquanto os da amostra cresceram 11,2%. No mesmo período, o patrimônio do Banco cresceu 29,9% e o da amostra, 24,1%; os saldos das operações de crédito subiram 30,8% contra 8,8% da média da mostra.

Baixa inadimplência; ativos crescentes[editar | editar código-fonte]

Entre 2001 e 2003, sua taxa de inadimplência foi a menor de todas, de apenas 0,73%. As médias ponderadas de rentabilidade de 2003, em comparação a quatro categorias, foram de 24,9% para o "Peer Group", 20,0% para os grandes bancos privados nacionais, 20,4% para os estrangeiros e 19,9% para os bancos públicos. Indicou ainda que as médias de rentabilidade anuais das mesmas categorias, no período de 1995 a 2003, foram as seguintes: 19,4% para o "Peer Group"; 14,8% para os estrangeiros; e 18,7% para os grandes bancos nacionais privados. Nesse período, a média de rentabilidade anual individual do Banco Santos nao foi de 21,1%. Os ativos totais da amostra de 32 bancos das cinco categorias de bancos somaram, em 31 de dezembro de 2003, R$607,8 bilhões e, em 30 de fevereiro de 2016, R$546,5 bilhões, crescendo 11,2% entre essas duas datas. Os ativos totais do Banco Santos foram de R$6,3 bilhões em 31 de dezembro de 2003 e de R$5,5 bilhões, em 31 de dezembro de 2002, tendo crescido R$744,9 milhões ou 13,5%. Os Quadros seguintes demonstram essas qualidades superiores do Banco Santos:

Patrimônio Líquido crescente[editar | editar código-fonte]

Os patrimônios líquidos da amostra de 32 bancos somaram, em 31 de dezembro de 2003, R$61,5 bilhões e em 31 de dezembro de 2002, R$ 49,6 bilhões, crescendo 24,1% entre essas duas datas. Já os patrimônios líquidos do Banco Santos foram de R$ 546,3 milhões, em 31 de dezembro de 2003, e de R$420,4 milhões, em 31 de dezembro de 2002, tendo crescido R$125,9 milhões ou 29,9% (quadros 1 e 2).

Ativos de crédito crescentes; rentabilidade patrimonial acima da média[editar | editar código-fonte]

Os ativos de operações de crédito de curto e longo prazo da amostra de 32 bancos somaram, em 31 de dezembro de 2003, R$170,4 bilhões e, em 31 de dezembro de 2002, R$ 156,6 bilhões, crescendo 8,8% entre essas duas datas. Os ativos de operações de crédito do Banco Santos foram de R$ 2,3 bilhões, em 31 de dezembro de 2003, e de R$ 1,7 bilhões, em 31 de dezembro de 2002, tendo crescido R$536 milhões ou 30,8% (Quadro 3). O quadro 4 analisa a rentabilidade patrimonial definida como a relação entre o lucro líquido do período e o patrimônio líquido do final do período. Em 2003, a rentabilidade do Grupo Referencial (categoria do Banco Santos) alcançou o maior patamar em relação às outras três categorias, com 24,9% ao ano.
O quadro 5 analisa a rentabilidade patrimonial ao longo de nove anos, de 1995 até 2003, por três categorias de bancos privados: estrangeiros, grandes bancos nacionais privados e bancos médios, comparando esses números com os do Banco Santos.
Neste quadro, fica visível a qualidade do Banco Santos, cuja rentabilidade média no mesmo período, foi de 21,1%, superior às médias das três categorias, incluindo a sua própria, que é a dos bancos médios ("Peer Group").

Baixos custos operacionais[editar | editar código-fonte]

A Análise dos Custos Operacionais (soma das despesas de pessoal com as despesas administrativas) dividida pelos ativos totais permite obter quociente que, em percentagem, representa o quanto o banco está "consumindo" de seus ativos por ano para se manter operando. Para os maiores bancos europeus esse índice gira entre 2,5% e 3%; para os maiores bancos americanos, ele fica entre 3,5% e 4%. O quadro 6 mostra o indicador para a média dos 32 bancos da amostra e para o Banco Santos. A média dos 32 bancos (Santos Inclusive) para 2003 e 2002 é de 7,4%, enquanto que a média apenas para o Banco Santo é bem menor, de 3%, similar a dos grandes bancos americanos e europeus.

Baixo nível de inadimplência em crédito[editar | editar código-fonte]

Importante parâmetro de desempenho de um banco que atua muito em crédito (que é caso do Banco Santos) é seu nível de inadimplência, que não deve ser alto. O critério adotado pelo Banco Central do Brasil é considerar atrasos com mais de 15 dias como indicadores de inadimplência. Foram considerados os três últimos exercícios (2001, 2002 e 2003) e tabulamos as somas das operações de crédito de cada banco e de sua categoria, comparando os totais de atrasos com as somas das operações de crédito, obtendo assim a média ponderada anual para cada categoria considerada. Três categorias de bancos foram levadas em conta: estrangeiros, grandes nacionais privados e médios.

Juros e dividendos recebidos pelo Controlador[editar | editar código-fonte]

A tabela abaixo mostra um resumo dos dados obtidos nas demonstrações financeiras do Banco Santos, conforme publicadas em jornais. Os números em moeda americana foram obtidos pela conversão dos valores em reais convertidos em dólares americanos pela cotação do Banco Central do Brasil nas datas dos respectivos demonstrativos. Como se vê da tabela, entre 1996 e 2004 a Procid (única acionista do Banco Santos) recebeu, entre dividendos e juros sobre o capital próprio, cento e vinte milhões de dólares.
A próxima tabela apresenta um outro tipo de cálculo, na qual as importâncias pagas à Procid e desta à Edemar Cid Ferreira e também por ele integralizadas (via Procid) no Banco foram corrigidas pelas taxas do CDI. Observe-se que Edemar poderia dispor livremente desses recursos para compra de imóveis ou obras de arte. Ao contrário, o que fez foi aumentar o capital do Banco:

Um Banco Acima da Média[editar | editar código-fonte]

Até a intervenção, o Banco Santos obteve os melhores resultados financeiros e de credibilidade do País. Em um estudo comparativo com 40 bancos (que em certas comparações se reduziram a 32), no período de 2002 e 2003, os ativos do Banco Santos aumentaram 13,5%, enquanto os da amostra cresceram 11,2%. No mesmo período, o seu o patrimônio cresceu 29,9% e o da amostra, 24,1%; os saldos das operações de crédito subiram 30,8% contra 8,8% da média da mostra. Entre 2001 e 2003, sua taxa de inadimplência foi a menor de todas, de apenas 0,73%.
As médias ponderadas de rentabilidade de 2003, em comparação a quatro categorias, foram de 24,9% para o "Peer Group" (Grupo Referencial, de que faz parte o Banco Santos)*, 20,0% para os grandes bancos privados nacionais, 20,4% para os estrangeiros e 19,9% para os bancos públicos.
A pesquisa realizada por Carlos Daniel Coradi, da Engenheiros Financeiros & Consultores (EFC), indicou ainda que as médias de rentabilidade anuais das mesmas categorias, no período de 1995 a 2003, foram as seguintes: 19,4% para o "Peer Group"; 14,8% para os bancos estrangeiros; e 18,7% para os grandes bancos nacionais privados. Nesse período, a média de rentabilidade anual individual do Banco Santos foi de 21,1%.
Peer Group: ABC, BIC, BMB, BMC, BMG, Daycoval, Fibra, Pine, Rural, Safra, Santos e Sofisa.

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